Infecções, alergias, pulgas e carrapatos. Estes são alguns males que podem fazer com que um animal precise de uma consulta com dermatologia veterinária.

Eles são tão comuns que estima-se que eles representem 50% de todas as consultas com profissionais da área.

As pesquisas na área começaram há cerca de 20 anos, na Universidade de São Paulo (USP).

Desde então, sabe-se cada vez mais sobre a gama de doenças de pele que podem atingir animais de companhia, fazendo com que esta área de especialização cresça cada vez mais.

Tanto que, em 2000, foi fundada a Sociedade Brasileira de Dermatologia Veterinária (SBDV).

A procura e a notoriedade cada vez maiores do mercado tem feito com que mais jovens profissionais da área optem por se tornar um dermatologista veterinário, que pode optar por uma série de áreas de atuação.

Confira, neste post, mais informações a respeito desta área de especialização.

O que é a dermatologia veterinária?

A palavra dermatologia remete à pele, tanto em humanos quanto em animais. Trata-se de um órgão de suma importância para os seres de quatro patas, tendo em vista que ele interfere em aspectos fundamentais de sua vida, tais como:

  • Excreção de toxinas;
  • Regulação da temperatura;
  • Proteção contra choques mecânicos;
  • Reserva de nutrientes.

Apesar disso, em uma consulta com médico veterinário especialista em dermatologia, o profissional não avalia apenas a situação da pele do animal.

Assim como em humanos, ele também pode ser acionado quando houver problemas com o pêlo, unhas e orelhas.

Áreas de atuação da dermatologia veterinária

A ascenção da área faz com que o veterinário especialista em dermatologia tenha uma série de caminhos profissionais possíveis para traçar. Alguns deles são:

1. Atendimento clínico

Seja em uma clínica veterinária de animais exóticos ou mais comuns, como cães e gatos, o dermatologista veterinário é sempre necessário.

Portanto, o profissional especialista na área pode atuar em clínicas e hospitais, atendendo a animais de todos os tipos que apresentem sinais de problemas de pele.

Mas isso não significa que o profissional da área clínica não possa atuar em outros tipos de estabelecimentos.

Locais como um hotel para animais exóticos, precisam ter um dermatologista veterinário à disposição, caso um deles apresente sintomas de alguma doença.

2. Pesquisa e inovação

Assim como na medicina humana, a veterinária avança graças às pesquisas feitas por investigadores renomados, que dão origem a novas técnicas, produtos e cursos de tratamentos para animais.

Portanto, nada impede que o profissional especializado em dermatologia veterinária atue nesta frente, desenvolvendo novas técnicas e contribuindo com os avanços na área.

3. Ensino

Além de desenvolver novos produtos e técnicas, o dermatologista veterinário pode atuar na formação de novos profissionais da área. É preciso acumular experiência profissional e estar sempre a par das novidades do mercado.

4. Procedimentos clínicos realizados pelo dermatólogo

Um veterinário animais silvestres ou mais comuns que se especialize em dermatologia veterinária pode exercer uma série de procedimentos, tais como:

5. Biópsias

Assim como em humanos, a biópsia é um procedimento que permite uma análise mais criteriosa de um tecido do animal.

Deste modo, o veterinário pode fazer um diagnóstico ou indicar um tratamento com mais segurança.

O especialista em dermatologia podem retirar um fragmento da pele do animal para examiná-lo com estes fins.

6. Testes de alergias

Animais também podem desenvolver alergias a substâncias e a medicamentos. É importante que os donos estejam cientes disso, já que algumas reações podem ser fatais.

O dermatologista veterinário pode expor o animal a pequenas quantidades de substâncias que tipicamente causam alergias, em um ambiente controlado, e observar as reações.

Assim, sabe-se se o animal tem alguma alergia ou sensibilidade.

7. Culturas bacterianas e fúngicas

No convívio com outros animais ou com o ambiente externo, animais podem contrair infecções de pele, causadas por fungos ou bactérias.

Como cada agente demanda um tratamento específico, é preciso saber qual está causando a infecção.

Para identificá-lo, o dermatologista veterinário pode fazer uma cultura, recolhendo uma amostra do agente causador da infecção, de modo a direcionar o tratamento com mais embasamento.

8. Otoscopia

No caso de animais, o dermatologista também cuida dos ouvidos dos pacientes. Por conta disso, um dos procedimentos que ele realiza é a otoscopia.

Nele, o veterinário usa um instrumento para observar o canal auditivo do animal, com o objetivo de verificar se ele está dentro da normalidade.

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